Substituir proteína animal por vegetal poderá aumentar a longevidade e diminuir o risco de mortalidade.
As dietas hiperproteicas têm atraído muita atenção pelos seus alegados benefícios para a saúde. De facto, a curto prazo essas dietas poderão estar relacionadas com alguns benefícios no controlo do peso e na melhoria de alguns biomarcadores de risco como a glicemia ou a lipidemia (Westerterp-Plantenga et al., 2012; Leidy et al., 2015; Santesso et al., 2012; Dong et al., 2013).
No entanto, os efeitos a longo prazo para a saúde destes padrões alimentares não são inteiramente conhecidos e poderão mesmo estar associados a vários problemas de saúde e risco de mortalidade. De acordo com os estudos disponíveis, esse risco parece mesmo ser mais evidente quando se trata de proteína animal. Por exemplo, um estudo prospetivo (Rotterdam Study) que acompanhou 7786 participantes ao longo de 13 anos sugere que uma ingestão superior de proteína está associado a um risco superior de mortalidade. Alguns resultados do estudo:
- Uma ingestão superior de proteína esteve associada a um risco 12% superior de mortalidade;
- A relação com o risco de mortalidade é explicada maioritariamente pela ingestão superior de proteína animal (especialmente carne e produtos lácteos) e mortalidade por doença cardiovascular (28%);
- Uma ingestão superior de proteína a partir de leguminosas, frutos secos, vegetais e frutos esteve associada a um risco inferior de mortalidade.
Uma meta-análise a 11 estudos prospetivos, incluindo o Rotterdam Study, que acompanhou 350452 participantes mostrou também uma relação entre a ingestão de proteína e o risco de mortalidade:
- Uma ingestão superior de proteína animal esteve associada a um risco superior de mortalidade, especialmente por doença cardiovascular;
- Uma ingestão superior de proteína vegetal esteve associada um risco inferior de mortalidade (7%), especialmente de mortalidade por doença cardiovascular (14%).
O estudo concluiu que os estudos prospetivos publicados até hoje sugerem que a ingestão superior de proteína está associada a um risco superior de mortalidade, explicada maioritariamente pelos efeitos da proteína animal no risco de doença cardiovascular. Por outro lado, a ingestão de proteína vegetal está associada a um risco inferior de mortalidade total e por doença cardiovascular (Chen et al., 2020).
Mais recentemente, um novo estudo prospetivo de grandes dimensões reforça a associação entre uma ingestão elevada de proteína, especialmente animal, e o risco de mortalidade (Huang et al., 2020). O estudo acompanhou 416104 participantes durante 16 anos, tendo observado os seguintes resultados:
- Uma ingestão superior de proteína vegetal esteve associada a uma diminuição de 5% no risco de mortalidade;
- Substituir 3% das calorias de proteína animal por proteína vegetal esteve associado a uma diminuição de 10% no risco de mortalidade total, 11% no risco de mortalidade por doença cardiovascular no caso dos homens e 12% no caso das mulheres;
- A mortalidade mais baixa foi observada quando se substituiu proteína do ovo por proteína vegetal (diminuição de 24% nos homens e 21% nas mulheres) e proteína de carne vermelha por proteína vegetal (diminuição de 13% nos homens e 15% nas mulheres).
O estudo concluiu que um a ingestão superior de proteína vegetal esteve associada a uma diminuição do risco de mortalidade total e por doença cardiovascular, sendo que a escolha de diferentes fontes de proteína pode influenciar a saúde e a longevidade (Huang et al., 2020).
Estudos anteriores também confirmam a relação entre excesso de proteína, especialmente animal, e o risco de mortalidade. Um estudo prospetivo de grandes dimensões que acompanhou 131342 participantes ao longo de 32 anos, concluiu que comer mais proteína vegetal está associado a um risco inferior de mortalidade (10%) e comer mais proteína animal está associado a um risco superior de mortalidade (8%), especialmente entre adultos com pelo menos um comportamento pouco saudável, como fumar, beber álcool ou ser sedentário (Budhathoki et al., 2019).
Outro estudo prospetivo seguiu 70696 participantes ao longo de 18 anos tendo concluído que uma ingestão superior de proteína vegetal esteve associada a uma diminuição do risco de mortalidade total (16%) e por doença cardiovascular (30%). Além disso, substituir proteína animal (especialmente carne vermelha e processada) por vegetal esteve associado a uma diminuição do risco de mortalidade total (34%), por cancro (39%) e por doença cardiovascular (42%). Uma ingestão superior de proteínas vegetais poderá por isso contribuir para a saúde a longo prazo e longevidade (Budhathoki et al., 2019).
Outro estudo procurou identificar fontes específicas de proteína animal e vegetal e a sua relação com o risco de mortalidade por doença cardiovascular, tendo concluído que o consumo elevado de proteína a partir de carne esteve associado a um risco 61% superior de mortalidade por doença cardiovascular e que o consumo elevado de proteína a partir de frutos secos e sementes esteve associado a um risco 40% inferior de mortalidade por doença cardiovascular (Tharrey et al., 2018).
Um estudo prospetivo que acompanhou 43396 mulheres ao longo de 15 anos, mostrou que aquelas que fizeram uma dieta rica em proteína e pobre em hidratos de carbono tiveram um risco superior de doença cardiovascular (Lagiou et al., 2012).
Não só um rácio superior de proteína animal relativamente a proteína vegetal e consumo elevado de carne poderá estar associado a um risco superior de mortalidade, como esse risco parece ser mais evidente entre aqueles que têm uma doença crónica (Virtanen et al., 2019).
Além disso, um estudo prospetivo que acompanhou 6381 participantes ao longo de 18 anos mostrou que aqueles que fizeram uma dieta mais rica em proteína animal, mas não vegetal, tiveram um risco 4 vezes superior de mortalidade por cancro e 74% de mortalidade total (Levine et al., 2014).
Uma meta-análise a 36 estudos clínicos aleatorizados mostrou que substituir carne vermelha por proteínas vegetais de qualidade (mas não peixe ou hidratos de carbono de pouca qualidade), levou a alterações favoráveis nos valores de colesterol e triglicéridos. Os autores do estudo recomendam maior adesão a dietas vegetarianas ou mediterrânica pelos seus benefícios para a saúde mas também por serem mais sustentáveis (Guasch-Ferré Marta et al., 2019).
Por outro lado, dietas de base vegetal saudáveis poderão diminuir o risco de mortalidade. Um desses exemplos é a comunidade de Adventistas do Sétimo Dia. O seu padrão alimentar baseia-se no livro bíblico Levítico e enfatiza alimentos vegetais completos como leguminosas, frutos, vegetais, frutos secos e cereais integrais ao mesmo tempo que desencoraja o consumo de produtos animais o mais possível. Além disso abstêm-se de tabaco e de álcool. Nesse sentido, uma grande parte dos Adventistas fazem uma dieta de base vegetal saudável. Cerca de metade desta população faz uma alimentação omnívora, mas com baixo consumo de carne (Butler et al., 2008; Martins et al., 2017; Kent et al., 2016).
As características únicas desta população relativamente aos seus hábitos alimentares e estilo de vida, representam uma oportunidade especial para se estudarem os efeitos da dieta no risco de várias doenças crónicas e das dietas de base vegetal em particular. Embora existam diferenças sobre o consumo ou não de produtos animais, todos tendem a fazer uma dieta cuidada e um estilo de vida saudável. Os vários estudos que foram realizados anteriormente sugerem que os Adventistas na região estudada (Loma Linda, EUA), têm um risco inferior de vários cancros, doença cardiovascular e diabetes. Quando comparado com a população geral da Califórnia, têm também uma esperança de vida maior (vivem em média mais 4,4 anos no caso das mulheres e mais 7,3 anos no caso dos homens) (Fraser & Shavlik, 2001; Orlich et al., 2013; Ness, 2004).
Entre os Adventistas, uma dieta vegetariana ou vegana está associada a várias vantagens para a saúde, mesmo quando comparado com dietas omnívoras saudáveis. A ingestão de carne pelos Adventistas tem estado associada a um risco superior de cancro do cólon e doenças cardiovasculares (Singh & Fraser, 1998; Tharrey et al., 2018; Alshahrani et al., 2019). Os resultados do AHS-2 mostram também que os Adventistas vegetarianos têm IMC menores, menor prevalência de síndrome metabólica, diabetes e hipertensão, menor risco de alguns cancros e de mortalidade, comparativamente com Adventistas omnívoros (Orlich et al., 2013).
Um estudo mais recente comparou a mortalidade e a incidência de cancro entre os Adventistas incluídos no AHS-2 e a população em geral nos EUA representada nos estudos NLMS e SEER. Foram controladas as variáveis da idade, etnia, sexo, educação e tabagismo. Alguns resultados do estudo:
- Comparativamente com a população em geral, os Adventistas do AHS-2 tiveram um risco 30% inferior de todos os cancros, 30% inferior de cancro da mama, 16% inferior de cancro colorretal, 50% inferior de cancro retal e 30% inferior do pulmão.
- Comparativamente com a população em geral, os Adventistas do AHS-2 tiveram um risco 33% inferior de mortalidade total (aos 65 anos) e 22% inferior de mortalidade total (aos 85 anos). Tiveram também um risco 10% inferior de mortalidade por cancro e um risco 40% (aos 65 anos) e 28% (aos 85 anos) inferior de mortalidade por outras causas.
O estudo conclui que os Adventistas do AHS-2 têm um risco inferior de mortalidade (33%) e cancro (30%) comparativamente com a população em geral e que esses efeitos poderão estar relacionados com o estilo de vida e alimentação. Os autores sugerem também que adotar os hábitos de estilo de vida e alimentação dos Adventistas poderá beneficiar a população em geral na prevenção de cancro e diminuição da mortalidade (Fraser et al., 2019).
Estes resultados são consistentes com resultados dos estudos anteriores que mostraram uma esperança de vida superior e menor risco de cancro entre os Adventistas comparativamente com a população da Califórnia. Esses resultados são observados também em comunidades Adventistas de outros países (Fraser & Shavlik, 2001; Jensen, 1983; Fønnebø, 1992; Berkel & de WAARD, 1983).
Outro estudo reforça a ideia que padrões alimentares de base vegetal poderão ser protetores contra doenças cardiovasculares e diminuir a mortalidade (Kim Hyunju et al., 2019). Trata-se de um estudo prospetivo no qual foram acompanhados 12168 participantes ao longo de 25 anos. A dieta dos participantes foi classificada de acordo com 4 índices: dieta de base vegetal geral, dieta provegetariana, dieta de base vegetal saudável e dieta de base vegetal menos saudável. Foram observados os seguintes resultados:
- Aqueles que tiveram pontuações mais altas no índice de dieta de vegetal ou provegetariano tiveram um risco inferior de doença cardiovascular (16%), de mortalidade por doença cardiovascular (31 a 32%) e mortalidade total (18 a 25%);
- Uma maior adesão ao índice de dieta de base vegetal saudável esteve associado a um risco inferior de mortalidade por doença cardiovascular (19%) e mortalidade total (11%);
- Aqueles que consumiram mais produtos animais tiveram um risco superior de doenças cardiovasculares (14%), mortalidade por doenças cardiovasculares (30%) e mortalidade total (12%).
Todos os resultados foram ajustados para os principais confundidores. O estudo concluiu que na população em geral, dietas de base vegetal (ricas em produtos vegetais e pobres em produtos animais) poderá diminuir o risco de doenças cardiovascular e mortalidade (Kim Hyunju et al., 2019).
Também um estudo clínico aleatorizado com 7216 participantes com risco elevado de DCV acompanhados ao longo de 4 anos (PREDIMED) mostrou que aqueles que fizeram uma dieta de base vegetal tiveram um diminuição de 41% no risco de mortalidade (Martínez-González et al., 2014).
A associação entre proteína animal e a mortalidade pode em parte ser explicada pela presença de aminoácidos de cadeia ramificada e aromáticos, assim como outros componentes presentes na proteína animal como gorduras saturadas, carnitina ou contaminantes como aminas heterocíclicas. A proteína animal é muito rica em aminoácidos ramificados e aromáticos, os quais podem promover resistência à insulina e excesso de peso ao estimularem a via de mTOR (Chen et al., 2020; Lynch & Adams, 2014; Lin et al., 2011; Solon-Biet et al., 2019).
Esses aminoácidos, como a leucina, promovem também a formação de placa de aterosclerose ao estimularem a via metabólica mTOR dos macrófagos, inibindo a autofagia mitocondrial (mitofagia), o que leva a uma grande quantidade de macrófagos mortos no ateroma, tornando-o extremamente instável e com tendência à rutura (Zhang et al., 2020).
O mTOR funciona como um regulador central do crescimento e proliferação celular e quando estimulado, promove o crescimento celular e inibe a capacidade da células reciclar componentes danificados (autofagia). O mTOR é ativado na presença de glicose, energia, fatores de crescimento e aminoácidos, em especial a leucina. A leucina existe em quantidades particularmente altas em alimentos de origem animal como as carnes ou os produtos lácteos e baixas em alimentos vegetais como cereais integrais, o que pode explicar em parte porque dietas ricas em proteína animal, especialmente carnes vermelhas, poderão aumentar o risco de doença cardiovascular.
Um estudo que incluiu 11576 participantes sugere que dietas com níveis elevados de metionina e cisteína possam aumentar o risco de doenças cardiometabólicas. De acordo com os resultados, aqueles que fizeram uma ingestão superior de aminoácidos sulfurados como metionina e cisteína tiveram um aumento dos níveis de fatores de risco de doenças cardiometabólicas, tais como colesterol, triglicéridos, proteína C-reativa, ácido úrico, glicose, insulina e hemoglobina glicada.
O estudo mostrou também que na população estudada dos EUA, a ingestão de MET e CIS é cerca de 2,5 vezes superior da necessidade média necessária, dando-nos conta também que dietas pobres em aminoácidos sulfurados têm maior quantidade de proteína de origem vegetal do que animal. Por outras palavras, dietas de base vegetal são naturalmente baixas em MET e CIS (Dong et al., 2020).
Sendo um dos nutrientes essenciais, a ingestão de referência populacional (PRI) de MET e CIS são de 12,2 mg/kg/dia no caso da metionina e 6,6 mg/kg/dia no caso da cisteína. O aminoácido metionina encontra-se naturalmente presente em grandes concentrações em alimentos de origem animal como: peixe, galinha, porco, queijo, peru, carne vermelha, ovos, entre outros. Por outro lado, uma dieta de base vegetal, especialmente no caso das veganas, é naturalmente baixa em metionina (Cavuoto & Fenech, 2012).
A proteína, embora seja composta essencialmente por aminoácidos essenciais para a saúde, tem concentrações diferentes desses aminoácidos em fontes animais ou vegetais, os quais têm efeitos para a saúde e mortalidade. A proteína vegetal, além de ter quantidades inferiores de aminoácidos associados a problemas de saúde, é acompanhada de fibra e outros componentes fundamentais na prevenção de doenças crónicas.
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