Fitoquímico presente nos brócolos poderá ser eficaz no tratamento da leucemia

leucemia linfoblástica aguda (LLA) parece estar no centro de alguns avanços recentes no que diz respeito a possíveis tratamentos inovadores. Recentemente foram anunciados bons resultados com um tratamento de imunoterapia para tratar uma doença, que não só é muito comum em cancros infantis, como cerca de 20% dos casos não respondem aos tratamentos convencionais. A acrescentar-se a estas descobertas chegam-nos os resultados de um estudo que sugere que um fitoquímico presente em crucíferas como os brócolos pode ser eficaz a combater este cancro. Trata-se do sulforafano, uma substância que resulta da hidrólise dos glucosinolatos, substâncias exclusivamente presentes nos vegetais crucíferosVários estudos têm mostrado que o consumo de crucíferas de forma regular está associado a um risco reduzido de vários cancros. Esta nova investigação acrescentou a leucemia à lista de cancros que poderão beneficiar do consumo desses vegetais.

Os autores deste estudo avaliaram a forma como o sulforafano atua sobre células humanas de leucemia em laboratório. Quando expostas ao sulforafano, as células de leucemia morrem enquanto as saudáveis não são afetadas. Os mesmos resultados foram observados em modelo animal. Os mecanismos biológicos das propriedades anticancerígenas na leucemia do sulforafano passam pela indução da interrupção do ciclo celular e da apoptose. Este estudo é o primeiro a demonstrar a ação anticancerígena em leucemias do sulforafano, e os autores sugerem que possa vir a ser utilizado como um tratamento adjuvante na LLA.

As crucíferas pertencem a uma família de vegetais com características únicas, responsáveis pelas suas conhecidas propriedades quimiopreventivas. Estes vegetais são assim chamados pelo facto de a flor de cada um deles ter pétalas espaçadas simetricamente em forma de cruz. Aquilo que os distingue dos outros vegetais passa por serem uma fonte privilegiada de uma classe específica de fitoquímicos, os glucosinolatos. Quando as paredes das suas células se partem, ao serem esmagados ou cortados, dá-se uma reação química através da exposição à enzima mirosinase que transforma estes compostos em isotiocianatos (ITC), moléculas com uma ação anticancerígena poderosa e comprovada. Mais de 120 isotiocianatos foram identificados, todos com mecanismos de ação e benefícios distintos.

mirosinase

Os fitoquímicos presentes nas plantas, têm sido amplamente reconhecidos como sendo muito eficazes em interferir com inúmeros mecanismos biológicos capazes de reduzir o risco de cancro e ajudar a controlá-lo. Na natureza, estas moléculas têm um papel semelhante ao protegerem as plantas das agressões do ambiente, tais como as bactérias, os fungos, as infeções, os predadores ou a radiação. Um desses fitoquímicos tem atraído muito a atenção dos investigadores nos últimos 20 anos por ser particularmente multi-eficaz na proteção contra o cancro. Trata-se do sulforafano, o produto final de uma reação química entre dois químicos presentes nos brócolos e outros vegetais crucíferos (couves).

Quando um glucosinolato reage com a mirosinase, presente num compartimento diferente da célula vegetal, dá-se a formação de vários isotiocianatos e indóis específicos consoante o glucosinolato. Quando cortamos, esmagamos ou mastigamos, por exemplo, brócolos, a célula vegetal quebra-se fazendo com que o glucosinolato (glucorafanina) entre em contacto com a mirosinase que o transforma em sulforafano. Isso quer dizer que para se obterem as suas propriedades, estes vegetais deverão ser consumidos idealmente crus. Uma forma eficaz de obtermos os seus benefícios é consumir os germinados de brócolos, com uma concentração muito superior de glucosinolatos e mirosinase. O sulforafano apresenta várias propriedades importantes na proteção contra o cancro, tais como:

Embora não existam ainda recomendações específicas para o consumo de vegetais crucíferos, de acordo com as evidências disponíveis, estima-se que sejam necessárias 5 porções por semana destes vegetais de forma a se obterem os seus benefícios quimiopreventivos. Exemplos de vegetais ricos em glucorafanina, glucosinolato precursor do sulforafano:

mirosinase

Os fitoquímicos presentes nas plantas, têm sido amplamente reconhecidos como sendo muito eficazes em interferir com inúmeros mecanismos biológicos capazes de reduzir o risco de cancro e ajudar a controlá-lo. Na natureza, estas moléculas têm um papel semelhante ao protegerem as plantas das agressões do ambiente, tais como as bactérias, os fungos, as infeções, os predadores ou a radiação. Um desses fitoquímicos tem atraído muito a atenção dos investigadores nos últimos 20 anos por ser particularmente multi-eficaz na proteção contra o cancro. Trata-se do sulforafano, o produto final de uma reação química entre dois químicos presentes nos brócolos e outros vegetais crucíferos (couves).

Quando um glucosinolato reage com a mirosinase, presente num compartimento diferente da célula vegetal, dá-se a formação de vários isotiocianatos e indóis específicos consoante o glucosinolato. Quando cortamos, esmagamos ou mastigamos, por exemplo, brócolos, a célula vegetal quebra-se fazendo com que o glucosinolato (glucorafanina) entre em contacto com a mirosinase que o transforma em sulforafano. Isso quer dizer que para se obterem as suas propriedades, estes vegetais deverão ser consumidos idealmente crus. Uma forma eficaz de obtermos os seus benefícios é consumir os germinados de brócolos, com uma concentração muito superior de glucosinolatos e mirosinase. O sulforafano apresenta várias propriedades importantes na proteção contra o cancro, tais como:

Embora não existam ainda recomendações específicas para o consumo de vegetais crucíferos, de acordo com as evidências disponíveis, estima-se que sejam necessárias 5 porções por semana destes vegetais de forma a se obterem os seus benefícios quimiopreventivos. Exemplos de vegetais ricos em glucorafanina, glucosinolato precursor do sulforafano:

GlucorafaninaSulforafanoBrócolos germinados, Brócolos, Couves de Bruxelas, Couve-Lombarda

Referências:

https://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0051251

https://www.bcm.edu/news/item.cfm?newsID=6615

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2737735/

https://lpi.oregonstate.edu/infocenter/phytochemicals/isothio/

https://www.springerlink.com/content/b2745u32m0673705/

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17134937?dopt=Citation

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15476859?dopt=Abstract

https://www.jbc.org/content/276/34/32008.long