Alteração na dieta e estilo de vida poderá evitar tratamentos convencionais do cancro da próstata
á mais de 35 anos que o médico e investigador Dean Ornish, membro do Intituto de Pesquisa em Medicina Preventiva, em parceria com a Universidade da Califórnia tem vindo a investigar a relação entre as alterações na dieta e estilo de vida e a saúde. Um desses estudos consistiu em acompanhar 93 doentes de cancro da próstata que participaram voluntariamente num estudo no qual se avaliaram os efeitos de uma alteração da dieta e de estilo de vida no controlo da doença. Durante um ano, 43 participantes fizeram parte do grupo experimental o qual adotou uma dieta bem planeada com exclusão de produtos de origem animal e baixo consumo de gordura. Além disso seguiram um programa de exercício físico e gestão do stress. Os doentes do grupo de controlo receberam o tratamento convencional. Ao fim desse ano nenhum dos que faziam parte do grupo experimental necessitaram de tratamento convencional, ao contrário de 6 no grupo de controlo. O Antigéno Específico da Próstata (PSA) diminuiu 4% no primeiro grupo contrastando com um aumento de 6% no segundo, tendo-se observado uma inibição do crescimento das células de cancro da próstata quase 8 vezes superior no grupo experimental quando comparado com o de controlo.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16094059
Ao fim de dois anos os participantes foram de novo avaliados constatando-se que 13 de 49 (27%) dos pacientes no grupo de controlo e 2 de 43 (5%) do grupo experimental tiveram de dar inicio a tratamentos convencionais (remoção da próstata, radiação e terapia hormonal). O estudo conclui que pacientes com cancro da próstata de estágio inicial optando por uma vigilância ativa, poderão ser capazes que evitar ou adiar tratamento convencional por pelo menos 2 anos fazendo alterações significativas na sua dieta e estilo de vida.