Um relatório emitido pelo Instituto de Medicina (EUA) em Dezembro do ano passado avaliou todos os dados científicos disponíveis acerca de potenciais riscos ambientais para o cancro da mama, tais como: pesticidas, produtos de beleza, produtos de limpeza e os plásticos usados nos alimentos. Embora o relatório seja inconclusivo em relação à maioria destes fatores, dois deles foram identificados havendo evidências suficientes para se garantir que aumentem o risco de cancro da mama: terapia de substituição hormonal e exames imagiológicos. Um artigo publicado no Archives of Internal Medicine é dedicado ao tema e contém instruções para se reduzir o risco de exposição à radiação desses exames. Muito embora exames como as TAC’s e outros semelhantes tenham revolucionado a prática médica e possam ser determinantes na sobrevivência a muitas patologias, Rebecca Smith-Bindman, professora de radiologia que colaborou no relatório, aconselha as mulheres a envolverem-se no processo de decisão médica e questionar a necessidade e segurança de todos os exames que lhe sejam recomendados.
A radiologista aconselha os pacientes a colocarem as seguintes questões ao seu médico:
- É este exame absolutamente necessário?
- É preciso fazê-lo já?
- Existem outros testes alternativos?
- Como posso ter a certeza que o exame irá ser realizado da maneira mais segura?
- Obter os dados do exame vai contribuir para a gestão da minha doença?
- Posso consultar um especialista antes de realizar o exame?
O artigo conclui recomendando um envolvimento ativo por parte dos pacientes na decisão médica, sendo-lhe passada toda a informação relativa aos riscos e benefícios, assim como uma redução significativa na exposição à radiação envolvida nos exames imagiológicos, a eles recorrendo somente quando existe uma total necessidade.
Artigo completo:
https://archinte.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1182553
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